terça-feira, 21 de agosto de 2012

RODOVIA DA MORTE BR-381 faz jus ao título e lidera mortes por acidentes em Minas


Imagem de Arquivo


Apesar da redução de 16,7% no índice de acidentes fatais entre 2011 e 2012 (janeiro a julho), a BR-381 continua sendo a que mais mata no Estado, com 129 dos 621 registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo reportagem do jornal O Tempo, a Rodovia da Morte é responsável por 20,7% do total de mortes em estradas federais que cortam Minas.
Sem informar números absolutos, o Dnit sustenta que, nos trechos em que foram instalados radares, houve redução de 15% nos acidentes com mortes nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao ano passado. Atualmente, são 208 radares instalados em 15 BRs mineiras.

Entretanto, especialistas discordam que os radares possam trazer redução efetiva para o volume de acidentes em Minas e afirmam que os radares são apenas paliativos. Para o engenheiro de trânsito e especialista em estradas Márcio José de Aguiar, o trecho da BR-381 de Belo Horizonte a Governador Valadares deveria ter sido duplicado há mais de 30 anos. 

"O que mata em estradas não é só a velocidade, é a geometria das rodovias, das pistas sinuosas, o volume de tráfego que não comporta a quantidade de veículos, tudo isso proporciona a quantidade de acidentes que vemos diariamente", avaliou.


Quatro vezes mais

Segundo a inspetora Fabrizia Nicolai, da PRF, em um dia comum, a média estimada é de 20 mil por dia no trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e João Monlevade, quatro vezes mais que o ideal. Em períodos de saída para feriados, a média sobe para cerca de 30 mil veículos por dia. Entre a capital e Betim, trecho que já é duplicado, a média de tráfego diário é de 100 mil veículos.



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